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By LOTUS CUIDADORES 19 Mar, 2021
Autores*: Ricardo Tadeu de Carvalho, Vitor Yukio Ninomiya, Gabriella Yuka Shiomatsu. O distanciamento social é uma das medidas mais importantes e eficazes para reduzir o avanço da pandemia da covid-19. A doença é causada pelo vírus SARS-CoV-2, mais conhecido como o novo coronavírus. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Esse vírus tem a capacidade de ser passado de uma pessoa infectada para outra, mesmo que ela não apresente nenhum sintoma. Nesse sentido, apenas a prevenção adequada com o distanciamento social, o uso de máscaras e correta higienização das mãos, pode nos proteger. Quer entender melhor? Acompanhe! O QUE É O DISTANCIAMENTO SOCIAL, EXATAMENTE? O distanciamento social abrange diversos tipos de medidas para reduzir a circulação de pessoas em espaços coletivos públicos (ruas e praças) ou privados (shoppings, shows etc.). Dentre as medidas de distanciamento social, podemos citar a necessidade de evitar aglomerações e, assim, podem ser determinados: a paralisação de atividades não essenciais, como fechamento do comércio, com a exceção de serviços essenciais, como supermercados e farmácias; o cancelamento ou adiamento de eventos, como festivais; a paralisação das atividades escolares presenciais; e a adoção do sistema de trabalho remoto. Assim, evita-se a aglomeração, situação muito propícia para a transmissão do vírus. QUAIS SÃO OS TIPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL? Muitas pessoas acreditam que distanciamento social é a mesma coisa que lockdown, mas isso não é verdade. O distanciamento social pode ser vertical ou horizontal. vertical: as medidas são voltadas apenas para o isolamento dos grupos de risco em suas residências; horizontal: são medidas mais restritivas, voltadas para toda a população, há a permissão de circulação para serviços essenciais e não-essenciais dentro de regras determinadas pelo poder público. O distanciamento social horizontal pode ser feito de forma rígida ou flexível, dependendo da situação. A rígida estabelece apenas uma regra para todas as situações. Ela é feita quando não é possível controlar a transmissão em um local. Uma das formas mais rigorosas é o chamado lockdown, ou seja, bloqueio total da circulação. Já o distanciamento flexível permite a abertura gradual de serviços à medida que conseguimos controlar o avanço da covid-19. Caso seja necessário, depois de um novo aumento do número de casos, o Governo pode adotar estratégias mais rígidas mesmo depois de ter flexibilizado. COMO MANTER O SUCESSO DO CONTROLE DA COVID-19? O modelo de distanciamento social mais flexível exige que a população seja bastante responsável na prevenção da covid-19. Portanto, para continuarmos com a abertura gradual, todos têm que fazer a sua parte: o cidadão, o empresário, o profissional de saúde. COMO A POPULAÇÃO PODE CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL?Com a abertura do comércio, é importante reforçar os cuidados com a saúde. A movimentação de pessoas pode colocar o distanciamento social mais flexível em risco, podendo ser necessário avançarmos para medidas mais rígidas do Minas Consciente. A regra continua sendo a mesma: sair apenas para o que for necessário, como trabalhar ou comprar itens necessários. Veja, a seguir, algumas atividades que não são compatíveis com o distanciamento social: aglomerar-se em restaurantes e bares, mesmo que na fila; sair às compras sem nenhuma necessidade; ir para a casa dos amigos, de familiares ou reuniões sociais como festas ou encontros. A regra dos dois metros continua válida em qualquer onda do Minas Consciente. Fique atento!!! Além disso, não deixe de seguir as dicas de prevenção desta imagem: COMO O EMPRESÁRIO PODE CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL? O empresário tem um papel importante no combate à pandemia. Entenda melhor! Distanciamento social em lugares fechados A abertura de serviços pode passar uma falsa sensação de segurança para as pessoas. Sim, quando o Governo de Minas Gerais libera o avanço para uma onda menos rígida, ele está seguro de que a transmissão está mais controlada. Mas, isso não significa que o novo coronavírus não está mais entre nós. Para manter a abertura dos serviços, é fundamental que os cuidados sejam redobrados. Afinal, à medida que mais pessoas vão para as ruas, é preciso dificultar ainda mais a passagem do vírus. Nos lugares fechados, o distanciamento social pode ser praticado com a manutenção de, pelo menos, 2 metros entre as pessoas. Para isso, os estabelecimentos recebem indicações de lotação máxima, as quais devem ser obedecidas com bastante rigor. O distanciamento social não é apenas uma forma de se proteger, mas de proteger as outras pessoas também. A doença pode parecer algo distante quando ouvimos uma notícia na televisão ou vemos recomendações nas redes sociais. Mas, quando ela chega na sua família, a dor pode se tornar muito mais próxima. Quase todos nós vivemos com alguém que faz parte do grupo de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos etc. Por isso, devemos redobrar os cuidados e proteger quem amamos. Calcule adequadamente a lotação máxima do seu estabelecimento Obedeça às recomendações de saúde para evitar aglomerações perigosas dentro do seu estabelecimento. As pessoas devem conseguir se manter a dois metros uma das outras, especialmente nas filas. Se a regra for desobedecida, o número de casos pode aumentar e o comércio voltar novamente apenas aos serviços essenciais. Disponibilize álcool gel 70% para os clientes Desse modo, você garante que todos eles entrem no estabelecimento com as mãos higienizadas. A pessoa tem de passar o álcool em toda a superfície da mão e deixar agir por mais de 20 segundos. Não permita que pessoas fiquem sem máscaras no seu estabelecimento A máscara é uma barreira para impedir que as pequenas gotas de saliva passem para o ar ou caiam na superfície, diminuindo a chance de contágio e proliferação do vírus. Além disso, é preciso seguir as seguintes recomendações: fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados; providenciar barreira de proteção física quando os funcionários estiverem em contato com o cliente; demarcar com sinalização no lado externo do estabelecimento a distância de 2 metros entre as pessoas que ficarem nas filas; só permitir a entrada de clientes se estiverem utilizando máscaras; dar atendimento preferencial e especial aos grupos de risco, garantindo um fluxo ágil de maneira que essas pessoas permaneçam o mínimo de tempo possível no interior do estabelecimento; limitar o número de funcionários ao estritamente necessário para o funcionamento do serviço. QUAIS SÃO AS MENTIRAS EM RELAÇÃO AO DISTANCIAMENTO SOCIAL? Não há comprovação que o distanciamento social funciona Mito! Um estudo inglês avaliou as relações entre as medidas de distanciamento e o avanço da covid-19 em 149 países ou regiões, com dados sobre casos diários relatados de covid-19. Em todo o mundo, elas se mostraram efetivas na redução de novos casos de covid-19. Esse outro estudo brasileiro também analisou diversas outras pesquisas em todo o mundo e sua aplicação no Brasil. Em parte significativa dos casos, as medidas de distanciamento estiveram relacionadas a um controle das epidemias pelo fortalecimento dos serviços de saúde. Por fim, este estudo de uma das principais revistas médicas do mundo mostrou que medidas de distanciamento social e de uso de barreiras físicas foram efetivos para reduzir o avanço da transmissão. Se tomar medicamento para prevenir, pode sair de casa e não precisa usar máscara Mito! Tem pessoas que relatam estar relaxando nas medidas de distanciamento social por estarem tomando algum medicamento para prevenção. Mas fique ligado: ainda não há nenhum remédio, comprovado cientificamente, que ajude realmente a prevenir a covid-19. Já o distanciamento social tem, a cada dia, demonstrado seu poder na contenção das infecções pelo novo coronavírus. Então, é um risco substituir o distanciamento social por um medicamento que não seja prescrito por um médico. Se você seguir nossas dicas de distanciamento social, assim como as notas informativas e protocolos do Minas Consciente, poderemos manter a flexibilidade do distanciamento social. Caso contrário, sem uso de máscara e com aglomeração, é certo que a covid-19 vai avançar no Estado e medidas mais rígidas precisarão ser tomadas. Quer saber mais sobre coronavírus? Siga a SES-MG no Instagram, no Facebook e no Twitter. *Este post foi escrito pelos alunos da Faculdade de Medicina da UFMG pela parceria da SES-MG com o projeto Adote sua Vizinhança em Tempos de covid-19. Este texto foi redigido conforme as evidências disponíveis até 31/07/2020. TAGS: Prevenção, Isolamento domiciliar, Distanciamento social ARTIGOS MAIS LIDOS NOVOS HÁBITOS: CARNAVAL 2021 6 mitos e verdades sobre o coronavírus Você sabe como surgiu o coronavírus SARS-CoV-2? Conheça o RT-PCR em tempo real, método utilizado para o diagnóstico de Covid-19 Afinal, você sabe o que é coronavírus? ACESSO RÁPIDO Portal da SES-MG Banco de Notícias Boletim Painel de Monitoramento Cidadão Perguntas e Respostas Notas e Comunicados Profissionais e Gestores Saúde Digital MG Sobrevivemos MG Painel de Monitoramento de Contatos Mapa do Site PROFISSIONAIS DE SAÚDE E GESTORES
By LOTUS CUIDADORES 15 Oct, 2020
O câncer de mama está entre os tópicos mais comentados quando o assunto envolve saúde da mulher. Afinal, depois do câncer de pele não melanoma, esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no mundo inteiro. Anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), cerca de 28% dos novos casos de câncer são relacionados à mama. Isso é motivo suficiente para que as mulheres estejam sempre atentas, principalmente para evitar o câncer de mama na terceira idade. Se você tem interesse em saber informações sobre cuidados preventivos e sintomas, acompanhe seguir a série de perguntas e respostas. As mulheres na terceira idade estão mais propensas ao câncer de mama? Sim. O INCA informa que o câncer de mama é raro antes dos 35 anos de idade, mas a partir de então a incidência cresce progressivamente, com ênfase depois dos 50 anos. Isso ocorre devido ao acúmulo de exposições de risco ao longo da vida, assim como às inevitáveis alterações biológicas. O alerta em relação à terceira idade se deve ao fato de que muitas pessoas acreditam que a incidência é menor após os 60 anos de idade. Contudo, o que tem acontecido é o aumento no número de mulheres idosas que recebem o diagnóstico de câncer de mama quando ele já está em fase avançada, muitas vezes irreversível. A autopalpação é importante? Sim. Ela é essencial, independentemente da idade, e contribui para que as mulheres percebam alguma alteração suspeita na mama e procurem o serviço de saúde para fazer uma investigação sobre o diagnóstico. Tanto a observação quanto a autopalpação das mamas podem ser feitas em situações como no banho e ao trocar de roupas. Entretanto, é importante lembrar que esses cuidados não substituem a necessidade de fazer mamografia periodicamente após os 50 anos. Quais sinais e sintomas podem estar ligados ao câncer de mama? Embora os sinais a seguir também estejam relacionados a doenças benignas da mama, é importante procurar auxílio médico sempre que apresentar: -nódulo fixo e, geralmente, indolor na mama; -nódulo pequeno nas axilas ou pescoço; -pele da mama avermelhada; -alterações no mamilo; -produção de líquido anormal na mama. Quando é preciso fazer a mamografia? O Ministério da Saúde recomenda que, entre os 50 e os 69 anos de idade, a mamografia seja feita a cada dois anos. No entanto, para as mulheres que apresentam alto risco de desenvolver câncer de mama, como histórico familiar e alterações de genes, é aconselhável acompanhamento médico e recomendações individuais. O que pode prevenir o aparecimento do câncer de mama? O INCA afirma que a terapia de reposição hormonal pode influenciar no desenvolvimento da doença, portanto é necessário rigoroso controle médico durante o período de tratamento. Além disso, o instituto tem disseminado que, ao levar uma vida saudável, é possível reduzir em 28% o risco de desenvolver câncer de mama. Isso inclui: -praticar atividades físicas regularmente; -manter alimentação saudável e equilibrada; -evitar o consumo de bebidas alcoólicas; -controlar o peso corporal.
By LOTUS CUIDADORES 08 Jun, 2020
Na primeira edição do Desafios do Envelhecimento, o psiquiatra André Gordilho falou sobre a depressão e seus sintomas na terceira idade, além do papel e os desafios da psicogeriatria. O envelhecimento faz parte do ciclo natural da vida. Com ele, chegam algumas manifestações positivas ou negativas que variam de acordo com o estilo de vida levado nas etapas anteriores, como a juventude. Porém um ponto ainda pouco explorado é a necessidade do cuidado com a saúde mental do idoso. Dados apontam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com aproximadamente 30 milhões, sendo 650 mil novos idosos incorporados à população por ano. “O envelhecimento populacional, do ponto de vista da psiquiatria, leva a um aumento dos transtornos mentais relacionados ao modo direto com o processo de envelhecimento cerebral. Traz doenças próprias da idade, como demências, psicose tardias, depressões, entre outras”, destaca André. Depressão na Terceira Idade e seus sintomas Embora seja uma doença com grande incidência na população, a depressão ainda é uma patologia pouco aceita socialmente, e muitas vezes acaba sendo relacionada a uma ‘simples tristeza’ ou ‘sensação de melancolia’. Em casos associados ao idoso, ela pode ser confundida com uma demência característica à idade. A depressão não é um fator mórbido único, simples. Gordilho aponta que, quando associada ao envelhecimento, a doença ganha formas que dificultam seu diagnóstico, pois é comum os disfarces clínicos que encobrem a raiz do problema, bem como a associação à ansiedade, que responde a quase 50% dos casos de quadros depressivos no envelhecimento. As características mais comuns do transtorno são: humor deprimido, perda da capacidade de sentir prazer, pensamentos negativos e suicidas, sentimento de culpa, crises de choro entre outros. No idoso, a depressão apresenta sintomas mais específicos, como o esquecimento e dores pelo corpo, que podem mascarar o início de uma depressão. “Por exemplo: o idoso é mais suscetível a estresses ambientais do que o jovem, e a doenças mentais secundárias às físicas. Por isso, há necessidade de ser mais minucioso na avaliação do paciente, procurar orientação com a família de histórias que o idoso não fala”, afirma o psiquiatra. Psicogeriatria e os impactos da depressão A Psicogeriatria é uma subespecialidade da psiquiatria que lida com o idoso, seus aspectos emocionais e mudanças cognitivas, levando em consideração a fisiologia deste indivíduo e os fatores relacionados ao envelhecimento. Com o papel de criar estratégias para propiciar uma melhor qualidade de vida ao idoso, o psicogeriatra é o profissional adequado para, também, auxiliar a família na compreensão de situações que podem ser responsáveis por alterar o processo saudável do envelhecimento. “O envelhecimento traz grandes desafios adaptativos, como perdas afetivas, amigos se afastam ou falecem, aposentadoria, eles já não são mais chamados para determinados eventos… Para muitas pessoas é difícil lidar com as incapacidades funcionais, e essa dificuldade de aceitação pode ser um risco para o paciente desenvolver um quadro depressivo”, aponta Gordilho. Envelhecimento bem-sucedido O termo envelhecimento bem-sucedido é utilizado para remeter ao processo de envelhecer bem, com foco na qualidade de vida e saúde do idoso. Para isso, são necessários diversos fatores que vão do social ao psicológico. Para André Gordilho, a saúde está como ponto principal para manter o desenvolvimento e preservação da estrutura cognitiva, facilitando que o indivíduo mantenha suas relações sociais e suas habilidades para viver com independência. “Você estando bem cognitivamente a tendência é conseguir gerenciar mais suas limitações. Malhar o cérebro é tão importante quanto malhar o corpo, e por isso que a estimulação cognitiva é bem interessante no tratamento. Você estar engajado em atividades intelectuais, como jogos de quebra-cabeça, grupos de leitura… fazer coisas de alta complexidade para ter uma vida plena. Porque é isso que a gente quer: o idoso ativo”, finaliza o psiquiatra André Gordilho.
By LOTUS CUIDADORES 02 Jun, 2020
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já tem a quinta maior população idosa do mundo. Essa realidade demanda uma série de cuidados com a saúde, incluindo aqueles especificamente relacionados ao bom funcionamento da mente. Para esclarecer pontos importantes sobre a saúde mental na terceira idade, André Gordilho, psiquiatra da Holiste, falou ao programa CNT Notícia. AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA, AUMENTO DOS CUIDADOS No Brasil, o Estatuto do Idoso considera idosa a pessoa que atinge 60 anos. Já na Constituição Federal, a idade referência é 65 anos. Independente do padrão de referência, o interessante é que a população esteja envelhecendo, ficando grisalha. Segundo André Gordilho, estima-se que até 2020 o Brasil terá cerca de 30 milhões de idosos. Com o avanço da idade, uma série de doenças relacionadas ao envelhecimento aparecem, incluindo algumas doenças neurológicas, transtornos cognitivos e o agravamento de alguns transtornos mentais. Quadros demenciais, transtornos de ansiedade, transtornos de humor (especialmente as depressões) e outros quadros de déficit cognitivo são os mais frequentes nessa faixa etária. Para que esses problemas não se agravem, é preciso atentar para alguns sinais e buscar o diagnóstico precoce: “Muitas vezes, o idoso já tem aquele estigma – ele não gosta de sair de casa, gosta de ficar reclamando, ele se queixa de um monte de coisa – isso não é o normal. O normal é a pessoa envelhecer, obviamente que com o envelhecimento você tem algumas perdas (que é natural do envelhecimento), mas tudo que passar do normal, do que é usual, deve ser observado com crítica. Porque não é normal o idoso que não sai de casa, não é normal o idoso que só fica na cama, não é normal o idoso que acha que está velho e por isso não tem que fazer mais nada, não tem que ter amigos, não tem que aproveitar. Esses são sinais de alerta que a gente precisa ficar atento, porque esse idoso pode estar deprimido” – avisa o especialista. PREVENÇÃO A variedade de doenças características da terceira idade é muito extensa, e cada uma delas possui propriedades bastante particulares, desde sua sintomatologia às causas e possíveis gatilhos, o que dificulta estabelecer uma única medida preventiva para todas elas. Contudo, é sabido que a adoção de hábitos de vida saudáveis são determinantes para evitar ou minimizar os efeitos das doenças degenerativas. “Existem conceitos do que é um envelhecimento bem-sucedido, que estão longe de ser um consenso. Mas, a gente sabe que o idoso quando envelhece sem doença tem mais qualidade de vida, ou seja, tratar as doenças clínicas de base para poder envelhecer com bem-estar; fazer atividade física, porque isso promove a capacidade física, melhora a flexibilidade, a disposição do idoso; ter contato social, amigos, família, são coisas que a gente tem que procurar fazer para que esse idoso tenha qualidade de vida. (…) Não adianta malhar só o corpo, tem que malhar o cérebro, também, malhar a mente para ela poder estar sempre ativa” – explica André. O PAPEL DA FAMÍLIA Na grande maioria dos casos, o idoso só procura ajuda especializada quando uma outra pessoa percebe os sintomas e tem a iniciativa de agendar uma consulta, não raro a contragosto do paciente. Essa teimosia característica da terceira idade deve ser observada com atenção, segundo o psiquiatra: “Muitas vezes essa teimosia já é sintoma. Obviamente, o idoso tende a ficar com menos flexibilidade com as coisas. Então, isso é natural, mas não de forma excessiva ao ponto que ele recuse tudo, não queira fazer nada. A melhor forma de abordá-lo é com jeitinho, com carinho, chegar e tentar levá-lo, apresentar a situação. Quando não der, trazer a situação até o idoso e ir estimulando, de forma em que ele vá se desenvolvendo” – pontua. TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS MENTAIS NA TERCEIRA IDADE Cada transtorno mental tem um tratamento específico, que leva em consideração a sua sintomatologia. Assim, a variedade de abordagens possíveis é grande e depende, também, da análise de cada caso, levando em consideração a singularidade de cada paciente. “Cada quadro demanda um tipo de tratamento diferente, mas o que a gente poderia colocar numa cesta comum é fazer atividade física, estimular a cognição, ou seja, fazer trabalhos de estimulação cognitiva nesse idoso, tratamento medicamentoso nos casos indicados e a base de apoio e suporte social e familiar” – finaliza o psiquiatra.
By LOTUS CUIDADORES 25 May, 2020
Quem toma conta de uma pessoa idosa deve ter ainda mais atenção aos riscos do novo coronavírus. A internet está cheia de dicas, sugestões, listas de atividades e até memes sobre como funciona o isolamento social com crianças em casa. Contudo, existem familiares e cuidadores que estão em casa com idosos - grupo de risco para o novo coronavírus -, e que também estão passando por desafios para manter a saúde física e mental de todos os moradores. Como essa população precisa estar mais protegida, há orientações específicas tanto para os próprios idosos quanto para quem tem contato com eles. Sobre quais as condutas devem ser adotadas para quem está cuidando de pessoas nessa faixa etária durante a pandemia, conversamos com Marayra França, da medicina geriátrica da Rede Mater Dei, que possui atendimento geriátrico de urgência e emergência 24h, além de unidade exclusiva para internação de idosos e acompanhamento ambulatorial na unidade Santo Agostinho. Suspensão de visitas Como jovens e crianças são muitas vezes assintomáticos, não é possível saber quem está infectado com o novo coronavírus. Por isso, a geriatra ressalta que visitas devem ser suspensas no período, com isolamento social total do idoso e, se possível, do cuidador. Caso se alternem os cuidadores, é necessária ainda mais atenção à higiene e ao surgimento de sintomas. Higiene e máscara A médica ressalta a importância da higiene frequente das mãos para todos e, se possível, uso de máscara para o cuidador. Aumento de visitas virtuais A restrição de visitas físicas não significa falta de contato com familiares e amigos. É importante aumentar os encontros virtuais, via telefone ou vídeochamada, para não deixar os idosos sozinhos. "Isolamento social não pode ser isolamento emocional", diz Marayra. Ela sugere ainda que o cuidador ofereça atividades como ver vídeos no YouTube, cursos online, leituras, músicas, bem como tentar manter encontros já tradicionais (se a pessoa tinha um encontro semanal com amigos, tentar fazer um encontro virtual no mesmo dia e horário). Banho de sol e atividade física Mesmo dentro de casa, procure encontrar um local para banho de sol e incentive a prática de atividades físicas leves, como caminhada (se for descer para o pilotis do prédio, verificar se não há outras pessoas e manter distância de outros moradores) Atenção a condições médicas prévias "Doenças que os idosos já apresentavam precisam ser bem controladas neste momento", explica Marayra. Ela diz que nem sempre é necessário manter uma consulta que já estivesse marcada, depende do tipo de atendimento, e isso pode ser verificado com o médico. Afirma, ainda, que familiares podem buscar receitas e pedir orientações para o médico, evitando, assim, a saída desnecessária do idoso. "Se o sintoma for uma manifestação aguda de doença que a pessoa já sabe que tem - uma infecção urinária, gastroenterite, demência -, o paciente deve ser avaliado." Já em relação a sintomas do coronavírus, a pessoa e seus familiares devem estar atentos a confusão mental, sinais de desidratação, não ingestão de alimentação adequada, febre alta. "Caso haja esses sintomas, deve-se procurar com rapidez um pronto socorro." Vacina da gripe A vacina é de extrema importância para pessoas dessa faixa etária e, mesmo com a orientação de isolamento, é necessário buscá-la. Caso haja filas no local, mantenha 2 metros de distância de outras pessoas ou procure a modalidade de drive thru. "Idosos restritos ao leito também têm direito ao atendimento domiciliar", diz Marayra. Idosos que se recusam a cumprir o isolamento Como as demais faixas etárias, os idosos também nunca passaram por uma pandemia dessa magnitude e tiveram de obedecer a orientações de isolamento. "Além disso, muitas vezes, têm uma rotina bem estruturada que é difícil de ser retirada", afirma a especialista. A sugestão de Marayra para convencê-los a ficar em casa é mostrar dados, como o aumento da taxa de letalidade de 0,2% entre jovens para até 15% a partir dos 60. Outra proposta é oferecer ao idoso aquilo que ele deseja ao sair de casa, mas de outra maneira. "Se quer ir ao mercado porque compra frutas todo dia, familiares podem levar as frutas em casa. Se gosta de caminhar, podem mostrar atividades online que ele possa repetir em casa", diz.
By LOTUS CUIDADORES 12 May, 2020
Fernanda Teixeira Ribeiro Colaboração para o VivaBem 03/04/2020 04h00 Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), toda a população mundial está vulnerável à infecção pelo coronavírus. No entanto, pessoas com mais de 60 anos, sem exceção, estão no grupo de risco da covid-19 e, caso infectadas, têm chance maior de desenvolver complicações que podem levar à morte. "Isso não tem a ver com o idoso ser saudável ou não, como se alimenta ou se faz exercícios: depois dos 60 anos o sistema imunológico vai ficando gradualmente mais comprometido, por isso pessoas acima dessa idade estão no grupo de risco", explica a geriatra Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Apesar do risco, muitas famílias ainda encontram dificuldades de manter os idosos em casa para protegê-los. A rotina de quarentena não é nada fácil, especialmente quando o idoso não concorda com o isolamento. O VivaBem conversou com especialistas sobre as dificuldades mais comuns na hora de negociar a rotina com os mais velhos e enumerou algumas atitudes que prejudicam o diálogo. 1. Mentir Inventar histórias —como dizer que o idoso será preso ou multado se sair na rua — pode parecer uma solução fácil, mas tem consequências psicológicas muito negativas, segundo a psicóloga especialista em gerontologia Valmari Aranha, professora no Centro Universitário São Camilo. "A mentira pode causar perda de confiança: o idoso que é enganado hoje pode duvidar, futuramente, da comunicação de um diagnóstico, por exemplo", diz. É importante entender que, nesse momento em que somos bombardeados por informações de todos os lados, não expor o idoso a histórias falsas também é uma forma de cuidado. 2. Tratá-lo como incapaz "Tirando exceções, como demência, o idoso é um cidadão como qualquer outro, com condições cognitivas para ser informado e decidir sobre o melhor para si. Idoso não é criança. Existem pessoas de todas as idades que são 'teimosas'", diz Kairalla. Abordar o isolamento não apenas como uma maneira de proteger a si mesmo, mas também de contribuir para a saúde pública e toda a família, é uma maneira de mostrar que o idoso não está passivo diante da pandemia, que também tem responsabilidade nesse batalha. "O isolamento é uma escolha em prol da vida, da própria, das pessoas queridas e da sociedade. Encarar como uma escolha consciente em vez de obrigação é uma forma de preservar a autonomia", explica Aranha. 3. Poupá-lo da realidade Na tentativa de não querer impressionar o idoso ou de evitar que ele fique ansioso com as notícias, muitos tentam ocultar a gravidade da pandemia. No entanto, para a própria segurança da pessoa, é importante que ela saiba os motivos do isolamento e o real risco de morte caso o sistema de saúde não consiga atender todos os casos que precisem de internação. "Devemos desmistificar a ideia de que os idosos são frágeis. Muitos são experientes, já vivenciaram perdas, têm muito mais recursos do que imaginamos para lidar com a realidade", diz Valmari. Entenda que ser realista não significa ser alarmista. E, mais uma vez, o idoso precisa encontrar coerência entre o que ouve da família e o que vê pela televisão, por exemplo. 4. Repassar notícias que estimulam pânico É possível falar sobre hábitos de proteção e explicar por que cuidados são necessários nesse momento sem cair no excesso de informação. Por exemplo: revelar que em diversos países as pessoas estão resguardadas em sua casa para não ficarem doentes é uma notícia que pode fazer com que o idoso entenda a gravidade da situação. Você não precisa gerar pânico e comentar sobre os corpos sendo empilhados na Itália para convencê-lo a ficar em casa. Além disso, seja em casa, seja por telefone, é possível conversar sobre outros assuntos além da pandemia. Falar sobre o dia, contar o que está fazendo na quarentena e dividir pensamentos são formas de mostrar proximidade. 5. Sugerir tarefas improdutivas para "ocupar" o idoso Tentar entreter o idoso com tarefas inúteis para passar o tempo dentro de casa pode contribuir para deixá-lo mais ansioso. "Incentive-o a cuidar de plantas ou realizar tarefas domésticas que realmente são necessárias. Jogos de tabuleiro que estimulam a mente também são alternativas melhores que apenas ver televisão ou fazer tarefas que ele percebe que não adiantam, como dobrar roupas esquecidas no armário", diz Aranha. Nesse contexto, caso a família esteja dividindo espaço, pode ser a chance de aprender com o idoso a costurar, preparar uma receita de família ou ouvir uma história. 6. Confundir isolamento com abandono "Não poder entrar em contato próximo com os filhos e netos não significa não vê-los ou não conversar com eles. As pessoas podem e devem sempre se falar sempre por telefone e aplicativos e, se possível, até mesmo se verem à distância", diz Kairalla. Para a geriatra, é importante que o idoso entenda que o distanciamento não significa que será excluído da rotina familiar e social. "O contato com crianças, mesmo sem sintomas, é uma forma importante de transmissão, por isso é realmente importante limitar contatos físicos no momento —e explicar bem o motivo desse afastamento."
By LOTUS CUIDADORES 27 Jan, 2019
By LOTUS CUIDADORES 15 Jan, 2019
By LOTUS CUIDADORES 09 Jan, 2019
By LOTUS CUIDADORES 28 Dec, 2018
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By LOTUS CUIDADORES 19 Mar, 2021
Autores*: Ricardo Tadeu de Carvalho, Vitor Yukio Ninomiya, Gabriella Yuka Shiomatsu. O distanciamento social é uma das medidas mais importantes e eficazes para reduzir o avanço da pandemia da covid-19. A doença é causada pelo vírus SARS-CoV-2, mais conhecido como o novo coronavírus. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Esse vírus tem a capacidade de ser passado de uma pessoa infectada para outra, mesmo que ela não apresente nenhum sintoma. Nesse sentido, apenas a prevenção adequada com o distanciamento social, o uso de máscaras e correta higienização das mãos, pode nos proteger. Quer entender melhor? Acompanhe! O QUE É O DISTANCIAMENTO SOCIAL, EXATAMENTE? O distanciamento social abrange diversos tipos de medidas para reduzir a circulação de pessoas em espaços coletivos públicos (ruas e praças) ou privados (shoppings, shows etc.). Dentre as medidas de distanciamento social, podemos citar a necessidade de evitar aglomerações e, assim, podem ser determinados: a paralisação de atividades não essenciais, como fechamento do comércio, com a exceção de serviços essenciais, como supermercados e farmácias; o cancelamento ou adiamento de eventos, como festivais; a paralisação das atividades escolares presenciais; e a adoção do sistema de trabalho remoto. Assim, evita-se a aglomeração, situação muito propícia para a transmissão do vírus. QUAIS SÃO OS TIPOS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL? Muitas pessoas acreditam que distanciamento social é a mesma coisa que lockdown, mas isso não é verdade. O distanciamento social pode ser vertical ou horizontal. vertical: as medidas são voltadas apenas para o isolamento dos grupos de risco em suas residências; horizontal: são medidas mais restritivas, voltadas para toda a população, há a permissão de circulação para serviços essenciais e não-essenciais dentro de regras determinadas pelo poder público. O distanciamento social horizontal pode ser feito de forma rígida ou flexível, dependendo da situação. A rígida estabelece apenas uma regra para todas as situações. Ela é feita quando não é possível controlar a transmissão em um local. Uma das formas mais rigorosas é o chamado lockdown, ou seja, bloqueio total da circulação. Já o distanciamento flexível permite a abertura gradual de serviços à medida que conseguimos controlar o avanço da covid-19. Caso seja necessário, depois de um novo aumento do número de casos, o Governo pode adotar estratégias mais rígidas mesmo depois de ter flexibilizado. COMO MANTER O SUCESSO DO CONTROLE DA COVID-19? O modelo de distanciamento social mais flexível exige que a população seja bastante responsável na prevenção da covid-19. Portanto, para continuarmos com a abertura gradual, todos têm que fazer a sua parte: o cidadão, o empresário, o profissional de saúde. COMO A POPULAÇÃO PODE CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL?Com a abertura do comércio, é importante reforçar os cuidados com a saúde. A movimentação de pessoas pode colocar o distanciamento social mais flexível em risco, podendo ser necessário avançarmos para medidas mais rígidas do Minas Consciente. A regra continua sendo a mesma: sair apenas para o que for necessário, como trabalhar ou comprar itens necessários. Veja, a seguir, algumas atividades que não são compatíveis com o distanciamento social: aglomerar-se em restaurantes e bares, mesmo que na fila; sair às compras sem nenhuma necessidade; ir para a casa dos amigos, de familiares ou reuniões sociais como festas ou encontros. A regra dos dois metros continua válida em qualquer onda do Minas Consciente. Fique atento!!! Além disso, não deixe de seguir as dicas de prevenção desta imagem: COMO O EMPRESÁRIO PODE CONTRIBUIR PARA O SUCESSO DO DISTANCIAMENTO SOCIAL? O empresário tem um papel importante no combate à pandemia. Entenda melhor! Distanciamento social em lugares fechados A abertura de serviços pode passar uma falsa sensação de segurança para as pessoas. Sim, quando o Governo de Minas Gerais libera o avanço para uma onda menos rígida, ele está seguro de que a transmissão está mais controlada. Mas, isso não significa que o novo coronavírus não está mais entre nós. Para manter a abertura dos serviços, é fundamental que os cuidados sejam redobrados. Afinal, à medida que mais pessoas vão para as ruas, é preciso dificultar ainda mais a passagem do vírus. Nos lugares fechados, o distanciamento social pode ser praticado com a manutenção de, pelo menos, 2 metros entre as pessoas. Para isso, os estabelecimentos recebem indicações de lotação máxima, as quais devem ser obedecidas com bastante rigor. O distanciamento social não é apenas uma forma de se proteger, mas de proteger as outras pessoas também. A doença pode parecer algo distante quando ouvimos uma notícia na televisão ou vemos recomendações nas redes sociais. Mas, quando ela chega na sua família, a dor pode se tornar muito mais próxima. Quase todos nós vivemos com alguém que faz parte do grupo de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos etc. Por isso, devemos redobrar os cuidados e proteger quem amamos. Calcule adequadamente a lotação máxima do seu estabelecimento Obedeça às recomendações de saúde para evitar aglomerações perigosas dentro do seu estabelecimento. As pessoas devem conseguir se manter a dois metros uma das outras, especialmente nas filas. Se a regra for desobedecida, o número de casos pode aumentar e o comércio voltar novamente apenas aos serviços essenciais. Disponibilize álcool gel 70% para os clientes Desse modo, você garante que todos eles entrem no estabelecimento com as mãos higienizadas. A pessoa tem de passar o álcool em toda a superfície da mão e deixar agir por mais de 20 segundos. Não permita que pessoas fiquem sem máscaras no seu estabelecimento A máscara é uma barreira para impedir que as pequenas gotas de saliva passem para o ar ou caiam na superfície, diminuindo a chance de contágio e proliferação do vírus. Além disso, é preciso seguir as seguintes recomendações: fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados; providenciar barreira de proteção física quando os funcionários estiverem em contato com o cliente; demarcar com sinalização no lado externo do estabelecimento a distância de 2 metros entre as pessoas que ficarem nas filas; só permitir a entrada de clientes se estiverem utilizando máscaras; dar atendimento preferencial e especial aos grupos de risco, garantindo um fluxo ágil de maneira que essas pessoas permaneçam o mínimo de tempo possível no interior do estabelecimento; limitar o número de funcionários ao estritamente necessário para o funcionamento do serviço. QUAIS SÃO AS MENTIRAS EM RELAÇÃO AO DISTANCIAMENTO SOCIAL? Não há comprovação que o distanciamento social funciona Mito! Um estudo inglês avaliou as relações entre as medidas de distanciamento e o avanço da covid-19 em 149 países ou regiões, com dados sobre casos diários relatados de covid-19. Em todo o mundo, elas se mostraram efetivas na redução de novos casos de covid-19. Esse outro estudo brasileiro também analisou diversas outras pesquisas em todo o mundo e sua aplicação no Brasil. Em parte significativa dos casos, as medidas de distanciamento estiveram relacionadas a um controle das epidemias pelo fortalecimento dos serviços de saúde. Por fim, este estudo de uma das principais revistas médicas do mundo mostrou que medidas de distanciamento social e de uso de barreiras físicas foram efetivos para reduzir o avanço da transmissão. Se tomar medicamento para prevenir, pode sair de casa e não precisa usar máscara Mito! Tem pessoas que relatam estar relaxando nas medidas de distanciamento social por estarem tomando algum medicamento para prevenção. Mas fique ligado: ainda não há nenhum remédio, comprovado cientificamente, que ajude realmente a prevenir a covid-19. Já o distanciamento social tem, a cada dia, demonstrado seu poder na contenção das infecções pelo novo coronavírus. Então, é um risco substituir o distanciamento social por um medicamento que não seja prescrito por um médico. Se você seguir nossas dicas de distanciamento social, assim como as notas informativas e protocolos do Minas Consciente, poderemos manter a flexibilidade do distanciamento social. Caso contrário, sem uso de máscara e com aglomeração, é certo que a covid-19 vai avançar no Estado e medidas mais rígidas precisarão ser tomadas. Quer saber mais sobre coronavírus? Siga a SES-MG no Instagram, no Facebook e no Twitter. *Este post foi escrito pelos alunos da Faculdade de Medicina da UFMG pela parceria da SES-MG com o projeto Adote sua Vizinhança em Tempos de covid-19. Este texto foi redigido conforme as evidências disponíveis até 31/07/2020. TAGS: Prevenção, Isolamento domiciliar, Distanciamento social ARTIGOS MAIS LIDOS NOVOS HÁBITOS: CARNAVAL 2021 6 mitos e verdades sobre o coronavírus Você sabe como surgiu o coronavírus SARS-CoV-2? Conheça o RT-PCR em tempo real, método utilizado para o diagnóstico de Covid-19 Afinal, você sabe o que é coronavírus? ACESSO RÁPIDO Portal da SES-MG Banco de Notícias Boletim Painel de Monitoramento Cidadão Perguntas e Respostas Notas e Comunicados Profissionais e Gestores Saúde Digital MG Sobrevivemos MG Painel de Monitoramento de Contatos Mapa do Site PROFISSIONAIS DE SAÚDE E GESTORES
By LOTUS CUIDADORES 15 Oct, 2020
O câncer de mama está entre os tópicos mais comentados quando o assunto envolve saúde da mulher. Afinal, depois do câncer de pele não melanoma, esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no mundo inteiro. Anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), cerca de 28% dos novos casos de câncer são relacionados à mama. Isso é motivo suficiente para que as mulheres estejam sempre atentas, principalmente para evitar o câncer de mama na terceira idade. Se você tem interesse em saber informações sobre cuidados preventivos e sintomas, acompanhe seguir a série de perguntas e respostas. As mulheres na terceira idade estão mais propensas ao câncer de mama? Sim. O INCA informa que o câncer de mama é raro antes dos 35 anos de idade, mas a partir de então a incidência cresce progressivamente, com ênfase depois dos 50 anos. Isso ocorre devido ao acúmulo de exposições de risco ao longo da vida, assim como às inevitáveis alterações biológicas. O alerta em relação à terceira idade se deve ao fato de que muitas pessoas acreditam que a incidência é menor após os 60 anos de idade. Contudo, o que tem acontecido é o aumento no número de mulheres idosas que recebem o diagnóstico de câncer de mama quando ele já está em fase avançada, muitas vezes irreversível. A autopalpação é importante? Sim. Ela é essencial, independentemente da idade, e contribui para que as mulheres percebam alguma alteração suspeita na mama e procurem o serviço de saúde para fazer uma investigação sobre o diagnóstico. Tanto a observação quanto a autopalpação das mamas podem ser feitas em situações como no banho e ao trocar de roupas. Entretanto, é importante lembrar que esses cuidados não substituem a necessidade de fazer mamografia periodicamente após os 50 anos. Quais sinais e sintomas podem estar ligados ao câncer de mama? Embora os sinais a seguir também estejam relacionados a doenças benignas da mama, é importante procurar auxílio médico sempre que apresentar: -nódulo fixo e, geralmente, indolor na mama; -nódulo pequeno nas axilas ou pescoço; -pele da mama avermelhada; -alterações no mamilo; -produção de líquido anormal na mama. Quando é preciso fazer a mamografia? O Ministério da Saúde recomenda que, entre os 50 e os 69 anos de idade, a mamografia seja feita a cada dois anos. No entanto, para as mulheres que apresentam alto risco de desenvolver câncer de mama, como histórico familiar e alterações de genes, é aconselhável acompanhamento médico e recomendações individuais. O que pode prevenir o aparecimento do câncer de mama? O INCA afirma que a terapia de reposição hormonal pode influenciar no desenvolvimento da doença, portanto é necessário rigoroso controle médico durante o período de tratamento. Além disso, o instituto tem disseminado que, ao levar uma vida saudável, é possível reduzir em 28% o risco de desenvolver câncer de mama. Isso inclui: -praticar atividades físicas regularmente; -manter alimentação saudável e equilibrada; -evitar o consumo de bebidas alcoólicas; -controlar o peso corporal.
By LOTUS CUIDADORES 08 Jun, 2020
Na primeira edição do Desafios do Envelhecimento, o psiquiatra André Gordilho falou sobre a depressão e seus sintomas na terceira idade, além do papel e os desafios da psicogeriatria. O envelhecimento faz parte do ciclo natural da vida. Com ele, chegam algumas manifestações positivas ou negativas que variam de acordo com o estilo de vida levado nas etapas anteriores, como a juventude. Porém um ponto ainda pouco explorado é a necessidade do cuidado com a saúde mental do idoso. Dados apontam que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com aproximadamente 30 milhões, sendo 650 mil novos idosos incorporados à população por ano. “O envelhecimento populacional, do ponto de vista da psiquiatria, leva a um aumento dos transtornos mentais relacionados ao modo direto com o processo de envelhecimento cerebral. Traz doenças próprias da idade, como demências, psicose tardias, depressões, entre outras”, destaca André. Depressão na Terceira Idade e seus sintomas Embora seja uma doença com grande incidência na população, a depressão ainda é uma patologia pouco aceita socialmente, e muitas vezes acaba sendo relacionada a uma ‘simples tristeza’ ou ‘sensação de melancolia’. Em casos associados ao idoso, ela pode ser confundida com uma demência característica à idade. A depressão não é um fator mórbido único, simples. Gordilho aponta que, quando associada ao envelhecimento, a doença ganha formas que dificultam seu diagnóstico, pois é comum os disfarces clínicos que encobrem a raiz do problema, bem como a associação à ansiedade, que responde a quase 50% dos casos de quadros depressivos no envelhecimento. As características mais comuns do transtorno são: humor deprimido, perda da capacidade de sentir prazer, pensamentos negativos e suicidas, sentimento de culpa, crises de choro entre outros. No idoso, a depressão apresenta sintomas mais específicos, como o esquecimento e dores pelo corpo, que podem mascarar o início de uma depressão. “Por exemplo: o idoso é mais suscetível a estresses ambientais do que o jovem, e a doenças mentais secundárias às físicas. Por isso, há necessidade de ser mais minucioso na avaliação do paciente, procurar orientação com a família de histórias que o idoso não fala”, afirma o psiquiatra. Psicogeriatria e os impactos da depressão A Psicogeriatria é uma subespecialidade da psiquiatria que lida com o idoso, seus aspectos emocionais e mudanças cognitivas, levando em consideração a fisiologia deste indivíduo e os fatores relacionados ao envelhecimento. Com o papel de criar estratégias para propiciar uma melhor qualidade de vida ao idoso, o psicogeriatra é o profissional adequado para, também, auxiliar a família na compreensão de situações que podem ser responsáveis por alterar o processo saudável do envelhecimento. “O envelhecimento traz grandes desafios adaptativos, como perdas afetivas, amigos se afastam ou falecem, aposentadoria, eles já não são mais chamados para determinados eventos… Para muitas pessoas é difícil lidar com as incapacidades funcionais, e essa dificuldade de aceitação pode ser um risco para o paciente desenvolver um quadro depressivo”, aponta Gordilho. Envelhecimento bem-sucedido O termo envelhecimento bem-sucedido é utilizado para remeter ao processo de envelhecer bem, com foco na qualidade de vida e saúde do idoso. Para isso, são necessários diversos fatores que vão do social ao psicológico. Para André Gordilho, a saúde está como ponto principal para manter o desenvolvimento e preservação da estrutura cognitiva, facilitando que o indivíduo mantenha suas relações sociais e suas habilidades para viver com independência. “Você estando bem cognitivamente a tendência é conseguir gerenciar mais suas limitações. Malhar o cérebro é tão importante quanto malhar o corpo, e por isso que a estimulação cognitiva é bem interessante no tratamento. Você estar engajado em atividades intelectuais, como jogos de quebra-cabeça, grupos de leitura… fazer coisas de alta complexidade para ter uma vida plena. Porque é isso que a gente quer: o idoso ativo”, finaliza o psiquiatra André Gordilho.
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